A Corregedoria-Geral da Polícia Rodoviária Federal (PRF) abriu processo para investigar a ida de agentes da corporação ao hospital Adão Pereira Nunes, em Duque de Caxias, no Rio de Janeiro, onde estava internada Heloísa Santos Silva.
A menina de 3 anos morreu no último sábado (16), nove dias após ser baleada por uma equipe da PRF na rodovia de Seropédica, na Baixada Fluminense. A visita do grupo de agentes foi registrada por câmaras de segurança no último dia 11.
A corregedoria da PRF quer saber se os agentes foram à unidade de saúde para cumprir obrigações profissionais ou para pressionar a família da vítima.
Uma tia de Heloísa afirmou em depoimento ao Ministério Público Federal (MPF) que os agentes que estiveram no hospital “mexeram’ no carro atingido pelos disparos efetuados por uma equipe da PRF.
A CNN apurou que o MPF e a Corregedoria-Geral já estão trocando os materiais colhidos por ambos, para avançarem na investigação. Um dos elementos é a imagem do circuito interno de segurança do hospital, para identificar os policiais que fizeram a visita.
Agentes suspensos
A Corregedoria da PRF também apura — em processo aberto anteriormente — a responsabilidade dos três agentes que participaram a operação que acabou com a criança baleada.
Os envolvidos no caso foram suspensos pela PRF e a 1ª Vara Federal determinou o cumprimento de medidas cautelares. O Ministério público chegou a pedir a prisão dos três policiais, mas a Justiça Federal negou.
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Com informações de Cleber Rodrigues
Este conteúdo foi originalmente publicado em Corregedoria-Geral da PRF investiga presença de 28 policiais em hospital onde Heloísa estava internada no site CNN Brasil.